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Recife Arte Pública mapeia esculturas e murais da cidade

Projeto faz mapeamento de artes em mural e escultura espalhadas pelas ruas, museus, bibliotecas e prédios públicos da cidade do Recife, com imagens e informações sobre as obras e seus autores, que ficarão à disposição da população por meio de mapa impresso, com distribuição gratuita, e portal na Internet.

Recife Arte Pública reúne um mapeamento com grande parte das artes feitas em mural e escultura espalhadas pelo Recife, revelando um valioso patrimônio artístico material da cidade, que abrange obras do século XVIII até os dias atuais, com obras de artistas como Cícero Dias, Corbiniano Lins, Abelardo da Hora, Francisco Brennand e Lula Cardoso Ayres.

O projeto, com incentivo do Funcultura, foi idealizado pela arquiteta e arte-educadora Lucia Padilha Cardoso e é dividido em dois mapeamentos distintos: escultura e mural. A equipe de pesquisa conta com os educadores Hassan Santos e Niedja Santos e a produção de Janaísa Cardoso. O registro das obras em mural é de autoria do fotógrafo Breno Laprovitera e vai resultar num site “Recife Arte Pública”; e o das esculturas por Nando Chiappetta e vai gerar um mapa - com distribuição gratuita em escolas, bibliotecas e pontos turísticos -, além de também ser disponibilizado no mesmo site. Tanto o site quanto o mapa de esculturas devem ser lançados ainda no primeiro semestre de 2015.

A cidade do Recife abriga uma relevante coleção de esculturas e murais espalhada por seus espaços públicos. Trata-se de um acervo monumental que transforma a cidade em uma exposição coletiva permanente de grandes artistas plásticos do Brasil e do mundo. A maioria das obras está disponível para apreciação e algumas representam verdadeiros cartões postais.

Durante o mapeamento, foi realizada uma pesquisa coletando dados relevantes sobre as obras construídas em seus diferentes tipos: esculturas, monumentos, estátuas e bustos; painéis e murais, que datam do século XVIII até atualidade; com informações sobre seus autores, técnicas artísticas e sua localização.

Esculturas - Entre as obras da pesquisa estão esculturas francesas do século XVIII como as instaladas no Museu do Estado, Praça da República e Ponte Maurício de Nassau. São esculturas de ferro produzidas pelos mesmos autores das peças encontradas no acervo de museus franceses como o d’Orsay, em Paris. Outras esculturas dessa mesma época podem ser vistas, feitas em mármore ou bronze, muitas delas associadas à arquitetura de prédios ou compondo o contexto urbano da cidade.

Dos artistas pernambucanos, Abelardo da Hora e Francisco Brennand são autores de grande parte do acervo da arte pública do Recife. Realizadas no modernismo, são esculturas e monumentos produzidos, em sua maioria, entre as décadas de 40 e 60, utilizando técnicas e materiais diversos, como cerâmica, pedra, bronze, entre outros. Além deles, outros grandes nomes se fazem presente nessa exposição a céu aberto, como Corbiniano Lins e José Cláudio. Muitas dessas obras reforçam a memória da nossa sociedade e constroem a cultura pernambucana.

Mais contemporâneas, instaladas às margens do Rio Capibaribe ou em praças públicas, esculturas e monumentos nascem com a vocação de fazer lembrar, evocar, celebrar, como o Monumento Tortura Nunca Mais e a escultura Carne da Minha Perna, um caranguejo confeccionado com sucata de ferro que homenageia o músico Chico Science e o geógrafo pernambucano Josué de Castro. Da mesma maneira, as esculturas dos escritores do Recife que compõem o Circuito da Poesia prestam homenagem aos poetas que nasceram ou viveram no Recife, como Capiba, Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Carlos Pena Filho e Clarice Lispector. Contemporâneo também é o Parque de Esculturas de Francisco Brennand, com 90 esculturas do artista e os 40 metros quadrados no piso do Marco Zero, considerado o ponto de partida da cidade, que traz a obra Rosa dos Ventos, de Cícero Dias, e representa a origem do mundo e do Recife.

“A ausência de um inventário sobre esse patrimônio material contribui para o esquecimento e desvalorização desse tesouro cultural pernambucano. A arte pública, ao ser criada para a cidade, testemunha o crescimento urbano, e deve ser vista sob esse caráter documental, um verdadeiro acervo público disponível a toda sociedade”, explica Lúcia.

Mural - Já entre os principais nomes da arte em mural, estão grandes artistas plásticos pernambucanos como Francisco Brennand, Lula Cardoso Ayres, Abelardo da Hora, Cícero Dias, Corbiniano Lins, entre outros. Boa parte também produzidos entre as décadas de 40 e 60 e estão disponíveis para apreciação.

O primeiro mural abstrato da América do Sul encontra-se na capital pernambucana, de autoria de Cícero Dias, e está exposto na Secretaria da Fazenda do Estado. Muitos prédios recifenses abrigam nas suas fachadas a arte mural de Francisco Brennand, como o mural de duzentos metros de altura, de 1967, que ocupa metade da lateral de um edifício situado na Rua do Sol. Lula Cardoso Ayres assina mais de dez murais espalhados pela cidade, como o do hall do Cinema São Luis. Corbiniano Lins e Abelardo da Hora também contribuem com esse acervo de painéis e murais artísticos pelo Recife.

O projeto “Recife Arte Pública” também está no processo de concepção de um aplicativo com o conteúdo do mapeamento de esculturas e murais da cidade do Recife, que deverá ser disponibilizado para telefones móveis e tablets, com a intenção de atingir um maior número de público, revelando a cidade e seus espaços públicos como um museu a céu aberto, acessível a todos os cidadãos.
site recife arte pública:
http://www.recifeartepublica.com.br/
página facebook:
https://www.facebook.com/recifeartepublica/?fref=ts
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