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Território das Mãos

Muitos artistas que trabalham com escultura popular em Pernambuco são desconhecidos do grande público. No intuito de dar visibilidade ao trabalho desses artistas nasceu o projeto cultural “Território das Mãos”, realizado com incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), mantido pelo Governo de Pernambuco. O projeto teve como principal finalidade criar um mapeamento da escultura popular contemporânea do Estado, a partir de entrevistas com os escultores, revisão bibliográfica e registros em vídeo e fotografia. O resultado é um mapa com a localização dos artistas em Pernambuco, impresso em formato de folder, distribuído gratuitamente em centros de artesanato, escolas e pontos de cultura.

O projeto pretende retraçar fronteiras ao construir o mapeamento dos novos conceitos presentes na atual escultura popular pernambucana, valorizando heranças culturais, fortalecendo o patrimônio do Estado e contribuindo para a inclusão sócio-cultural. Uma série de fotografias e textos sobre o processo da pesquisa podem ser conferidos através do blog territoriodasmaos.wordpress.com. Já os vídeos com as entrevistas podem ser acessados através do canal do Youtube www.youtube.com/user/territoriodasmaos.

O projeto “Território das Mãos” percorreu, ao longo de dez meses, as quatro macrorregiões do Estado de Pernambuco: Região Metropolitana (Recife, Olinda, Jaboatão e Igarassu); Zona da Mata (Goiana e Tracunhaém); Agreste (Caruaru, Belo Jardim, Garanhuns, Jupi e Buíque) e Sertão (Petrolina). Nesses 12 municípios, foram entrevistados escultores como Mestre Nuca, Maria Amélia, José Bezerra, Severino Vitalino, Manuel Eudócio, Joel Galdino, Mestre Nado e Maria de Ana das Carrancas.

Em Caruaru, famílias como a do Mestre Vitalino trabalham o barro como uma tradição familiar, de geração a geração. As crianças da família aprendem a esculpir logo cedo e o ofício permanece como uma herança daquele clã. Mas, nem sempre há um mestre para ensinar a atividade e alguns dos artistas entrevistados iniciaram seus trabalhos de forma inusitada. É o caso, por exemplo, de José Bezerra que, através de um sonho recebeu a mensagem de que seria artista. Acreditando na mensagem onírica, adentrou na caatinga e passou a “retirar” da madeira animais e objetos como tatus, cobras e cabeças.

“A escultura popular é um universo rico em experiências estéticas e conhecimentos culturais. Lançar um olhar sensível para este mundo nos leva a perceber significados e visualidades. A pesquisa nasceu da vontade de conhecer os artistas que transformam com suas mãos materiais disponíveis em suas regiões e comunicam através da sua arte. O mapeamento realizado identificou diferentes materiais para cada região: na Zona da Mata, o barro predomina; no Agreste, madeira e barro dividem espaço na produção artística; no Sertão, a madeira é a matéria principal; na Região Metropolitana, temos uma diversidade de materiais como coqueiro, galhos e reciclados”, explica a coordenadora da pesquisa Lúcia Padilha Cardoso.

Segundo a pesquisadora, a escultura popular é uma arte que se renova, que não está estagnada aos modelos tradicionais dos antepassados. A escultura continua a ser feita abordando temas atuais, como a relação do homem com o trabalho e questões de gênero. “Observar esses temas revelam outras percepções através da arte popular. A pesquisa procurou incluir o maior número possível de escultores para entender essa cartografia da escultura popular do Estado. O projeto pretende não somente mostrar os caminhos para conhecer esses territórios, mas também divulgar o trabalho dos artistas e convidar o público para vivenciar novas experiências perceptivas e cognitivas a partir da atual escultura popular em Pernambuco. O mapeamento realizado também será conteúdo para futuros projetos educativos que serão desenvolvidos pela equipe do projeto”, esclarece Lúcia.
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